O filme pode te ganhar na primeira cena, mas não mantém assim até o fim. O clássico “Nerd leva fora da namorada gostosa” é tão velho quanto “Caipiria se apaixona pela mocinha da cidade”. Lugar comum! O filme passa que Mark Zuckerberg só criou o Facebook porque levou um toco. A verdade é mais interessante, mas para a tela grande ela não seria chamativa.
Com ares de documentário, o filme traça o perfil pouco sociável, quase antipático de Zuckerberg, um jovem “gênio” estudante de Harward. É irônico saber que um sujeito como ele tenha criado a maior site de relacionamento no mundo. Criado? Roubado? Adaptado? Melhorado? O filme não encerra esse assunto, deixa no ar para quem assiste decidir, se de bobo Zuckerberg só tem a cara.
O filme é feliz ao mostrar que nesse mundo tecnológico, tudo já nasce quase ultrapassado. Tem sempre alguém melhorando a sua idéia, diversificando possibilidades. A máxima de que “nada se cria tudo se cópia”, é bem representativa na web.
É impossível não ver semelhanças na trajetória de sucesso entre Zuckerberg e Bill Gates. Estavam nos lugares certos, com as pessoas certas, nos momentos certos e tudo regado um leve desvio de caráter. O filme dramatiza demais a verdade (oculta e clara), parece um filme de auto-ajuda, sobre amizades, amores e escolhas.
Na parte final do filme Zuckerberg diz “eu não sou um vilão”, se tem tanta certeza, porque insiste em dizer? Uma personagem feminina em outra cena solta “não é um babaca, só precisa deixar de tentar ser um”, fazendo referencia ao toco que levou da namorada, lá no início do filme.
E o filme é isso o relato de um cara, meio babaca, meio gênio, meio vilão, que por causa de um toco, propôs/fez uma revolução na web. Fim melancólico cujo último “suspiro” é Zuckerberg dando F5 na tela de sua “obra-prima”.
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