Pular para o conteúdo principal

:: O natal e Eu


Quando criança eu esperava pelo Natal, não pelos presentes, mais era pelas cores, os enfeites toda a magia que se forma em torno da data. Gostava de ajudar minha mãe a montar a árvore de casa, gostava mais ainda de passear pela cidade e ver as casas enfeitadas. Quando se é criança o Natal é realmente mágico!

Hoje já não vejo o Natal de uma forma tão entusiasmada assim. Mas meu entusiasmo não foi abalado pela descoberta de que Papai Noel não é exatamente, um senhor fofinho de cabelos brancos e olhos fraternos, que usa uma roupa acaloradamente vermelha e botas pretas. Minha falta de entusiasmo se dá muito mais pela distorção da data.

O ser humano ainda é egoísta. Uma ilha cercada de desamor. Exigimos do outro amor, fraternidade e solidariedade, enquanto nos fechamos, ficando reclusos em nosso casebre na beira da praia de nossa ilhota. Exigimos que o outro estenda a mão da solidariedade para os necessitados, quando ficamos na varanda do casebre observando os náufragos se afogando no vasto mar em nossa frente.

Exigimos tantos dos outros e tão pouco de nós. Se formos para vivermos cada um em sua ilha, que nos tornemos então um imenso arquipélago, onde as águas do amor nos banhem, onde os ventos da fraternidade nos refresquem e a chuva da solidariedade nos limpe até a alma.

Você que ainda tem vivo o espírito natalino, não deixe que ele suma de você e ajude as pessoas como eu que já não vê nele a mesma mágica. Mais do que exigir solidariedade, pratique-a!

Um Natal iluminado à todos!!



Comentários

  1. O melhor texto que vc já escreveu EVER ! ARRASOU com a cara de todos !
    Quem fica lisonjeado de fazer parte da sua vida sou eu! É um prazer ser seu amigo e saber que esse sentimento é algo recíproco e verdadeiro... também pudera, separados no nascimento como nós fomos ... ahUAHa
    Feliz Natal baby ! Você merece !

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

HELP-ME – Início de uma reflexão

Sou péssima em pedir ajuda! Mas sou ótima em oferecer! Mas não sou a única com esse tipo de “incapacidade”, em volta de mim é comum as pessoas prezarem e ostentarem a autossuficiência delas. Mas são? Eu já quis! Muito mais fácil para viver? Um ermitão moderno: recolhido, mas não isolado do mundo, não longe das coisas mais perto o suficiente. Mas porque é mais fácil ajudar, do que ser ajudado? Receber ajuda é sinal de fracasso? Se deixar ser ajudado é sinal de fraqueza? #VamosAcompanhar

COMO SER GENTIL EM TEMPOS DE CRISE?

Tendemos a depositar toda essa falta de gentileza do mundo nas redes sociais, com teses de pós-doc fundamentas na crença de como as mesmas deram voz aos “ignorantes”. Simplório! Temos outras correntes que depositam a falta de gentileza num vasto oceano de contradições ou verdades absolutas. Travam batalhas de proporções cósmicas, nada salutares! O espantoso (e banal) embate para cunhar o termo: “falta ou ausência de gentileza”, grita em uma sala de acústica duvidosa. Ela ausente, ou faltosa, a gentileza fala por si! Saia de suas redes sociais, desinstale os apps, e por precaução esconda o roteador. Para que num gesto hercúleo de amor-próprio tenha coragem de olhar para dentro de si, e questione: onde está a minha gentileza? Incomunicável? Escondida? Fugindo? Resgate-a! Traga para superfície! Em tempos como esse ser gentil é ser sofisticado. Mas não confunda com educação ou submissão, tem mais sentido você relacionar gentileza com amabilidade, embora n...

:: UM NOVO TEMPO, 365 NOVAS OPORTUNIDADES, 2015 QUANTO QUERER!

“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, ... foi um indivíduo genial”, foi mesmo Drummond. Não consigo conceber uma outra forma de reacender em cada um de nós a chama da esperança, de tempos melhores! “...o milagre da renovação, e tudo começa outra vez ...”, a chance do recomeço, da esperança trocar de lugar com o pessimismo, com a angústia. Metas, sonhos, objetivos, ambições, desejos, milagres, planos, ciclos, resoluções, consumações, encontros, ...... quanto querer para 2015. Nessa caminha incerta da vida, percorremos estradas que o mundo nos mostra, os atalhos que pegamos é por nossa conta e risco. Cada obstáculo, cada prova, cada dúvida só nos fortalece. Vá em paz 2014, não que eu não vá sentir sua falta.... sentirei !!! Foi em 2014 que eu aprendi na prática que as vezes tem que se lutar mais de uma vez para vencer! Mas não faça cerimônia para nos deixar. Deixe 2015 chegar, chegando! Ocupando todo o espaço que outrora foi seu! Serão “... ...